Memória, cheiro, gosto, trajetória, solidão, aconchego, tato, tapas, caricias.
Gosto de ver de perto teus poros fechando ao contato da língua, ah, o arrepio, um respiro ofegante que parece sair da tez, não da boca; traduzir, da cútis, o idioma, sentir o bico do peito querendo machucar, interruptor que tudo liga e esquenta, acende, ascende e lateja; observo-te como um anatomista, dissecando cada pequena parte, gosto dos detalhes, as reentrâncias, as cicatrizes, as pintas, remontar tudo num quebra-cabeça, lendo-te num diário da epiderme, mas antes de decifrar, pego no sono aninhado em você.
Primo Ferreira
4 comentários:
Nossa, Primo! arrepiei. Precisamos blogar mais as coisas né?
beijos
opa minha gata, valeu, vou ser mais constante por aqui e tb quero ver mais coisas lindas lá no seu, beijos.
...
:D
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