Um cardume de piranhas invadiu a praça da pequena cidade, pânico entre os moradores, homens amedrontados, choro desesperado das mulheres, crianças corriam de um lado para o outro, o padre se benzia, o juiz se escondia e o delegado sem saber o que fazer, até que a rapariga mais jovem e mais bonita da pequena cidade ficou sabendo do acontecido, vestiu o seu melhor vestido, calçou seu sapato de domingo, se perfumou toda, pintou os lábios de vermelho sangue e foi para praça tirar satisfação com as outras piranhas, por que, quenga por quenga, a rapariga daquela cidade era ela.
Primo Ferreira
3 comentários:
Gostei, lírico, interiorano e colorido...
bjs.
veleus, que bom que tenha gostado e esta acompanhado, fico feliz e estimulado a continuar a escrever mais, beijos.
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