A boca pintada, de um vermelho gritante, fazendo barulho e incomodando os olhos, sons desencarnados, desesperados e urgentes,
sem nem mesmo abrir a boca, muda, impassível e violenta, que de tão silenciosa grita, a boca rubra e chamativa chegou antes dela e permaneceu
muito tempo depois que ela foi-se, tatuada na retina, e minha cabeça decepada, girando na órbita dela, danou-se.
Primo Ferreira.
Primo Ferreira.